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domingo, 4 de novembro de 2012

SEMEANDO O BEM

FAÇA A TUA PARTE DO TEU JEITO


Há um jeito que é só seu, 
de semear o bem.


Se tem sabedoria para falar, fale!

Há pessoas precisando de
 quem lhes rasgue novos horizontes.

Se tem o dom de ouvir, ouça!

Há pessoas precisando falar
 para reorganizar os pensamentos
e sentimentos.

Se tem o dom de enxergar os talentos
 alheios, enalteça-os!

Há pessoas que desabrocham por
 conta de alguém que lhes reconheça um dom.

Se tem discernimento o bastante
 para fazer uma observação
 construtiva, faça-a!

Há pessoas persistindo no mesmo erro,
por falta de alguém que as
alerte com carinho e firmeza.

Se você não tem vocação para
engajar-se em movimentos filantrópicos
 de grande alcance, tenha em mente
que o maior bem a ser semeado
 começa dentro do seu lar.

Oferte a sua canção, a sua poesia,
a sua hospitalidade, aquele prato
que ninguém sabe fazer igual.

Oferte a sua diplomacia, a sua liderança
 ou a sua capacidade de atuar em
segundo plano para o bem comum.

Oferte o seu talento para contar
piadas e fazer rir.

A sua ternura natural no trato
com crianças, idosos ou animais.

A sua capacidade de manter o
sangue frio nas horas de crise,
quando todos em sua volta desabam.

A sua santa paciência de permanecer
 num hospital ao lado de um enfermo
 terminal, ou de varar a noite
num velório, naquela hora crítica
em que todos vão embora.

Há um jeito que é só seu e todo seu,
 mesmo que seja ofertar uma
 flor sem ser dia de nada.

Mesmo que seja uma prece
 sincera feita no silêncio do seu quarto.
Na contabilidade Divina,
pouco importa se o seu jeito
de semear o bem vai alcançar
 uma criatura, ou milhões de criaturas.

Você está fazendo a sua parte,
de um jeito que é só seu.

É só isto que realmente importa!

PRESENTE DE VIDA

SE DEUS ME PRESENTEASSE

Se, por um instante, Deus se esquecesse
 de que sou uma marionete de trapo
 e me presenteasse com um pedaço de vida,
possivelmente não diria tudo o que penso,
 mas, certamente, pensaria tudo o que digo.

Daria valor às coisas, não pelo que valem,
 mas pelo que significam.

Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei
 que a cada minuto que fechamos os olhos,
 perdemos sessenta segundos de luz.
 Andaria quando os demais parassem, 
acordaria quando os outros dormem.
 Escutaria quando os outros falassem 
e gozaria um bom sorvete de chocolate.

Se Deus me presenteasse com um pedaço
 de vida, vestiria simplesmente, me jogaria 
de bruços no solo, deixando a descoberto 
não apenas meu corpo, como minha alma.

Deus meu, se eu tivesse um coração,
 escreveria meu ódio sobre o gelo e 
esperaria que o sol saísse. Pintaria com 
um sonho de Van Gogh sobre estrelas 
um poema de Mario Benedetti e uma 
canção de Serrat seria a serenata 
que ofereceria à Lua. Regaria as rosas 
com minhas lágrimas para sentir a dor 
dos espinhos e o encarnado beijo
 de suas pétalas.

Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida.
 Não deixaria passar um só dia sem
 dizer às gentes – te amo, te amo.
 Convenceria cada mulher e cada homem 
que são os meus favoritos e viveria 
enamorado do amor.

Aos homens, lhes provaria como
 estão enganados ao pensar que deixam 
de se apaixonar quando envelhecem, 
sem saber que envelhecem quando deixam
 de se apaixonar. 
A uma criança, lhe daria asas, mas
 deixaria que aprendesse a voar sozinha.

Aos velhos ensinaria que a morte não
 chega com a velhice, mas com o
 esquecimento. Tantas coisas aprendi 
com vocês, os homens...

Aprendi que todo mundo quer viver no cimo 
da montanha, sem saber que a verdadeira 
felicidade está na forma de subir a escarpa.

Aprendi que quando um recém-nascido
 aperta com sua pequena mão pela primeira 
vez o dedo de seu pai, o tem prisioneiro 
para sempre. 

Aprendi que um homem só tem o direito
 de olhar um outro de cima para baixo 
para ajudá-lo a levantar-se.

São tantas as coisas que pude aprender
 com vocês, mas, finalmente, não 
poderão servir muito porque quando 
me olharem dentro dessa maleta, 
infelizmente estarei morrendo.
Johnny Welch

E NA ESTRADA DA VIDA

CADA UM SABE A SUA ESTRADA

Caminho reto, traço projetos,
 faço mapas.

Demarco espaços, faço-me depressa,
 paro, canso.

O caminho é longo,
atravesso esquinas de mim,
 onde se cruzam vários eus,
preferenciais, secundários,locais, vias de vida.

Muitos sinais, alguns decodifico,
 outros não.
Não os leio. Não os interpreto.
Coloco-me ao risco de colisão, por vezes acontece,
outras sou salva pela razão,
 vejo antes do fato.

Sigo, admiro o redor, muitas caras de vida,
cachoeiras que choram
 a dor ou a alegria,
jardins floridos ou tristes,
 vulcões em erupção,
causam danos ou só a embelezam
 o momento.

Sol e chuva, bronzeando-me
 e molhando-me de vida.
Escalo íngremes montanhas,
 vejo lindos vales ou um nada.

Paro para dar preferência, bato na pressa,
na ansiedade.
Perícias, julgamentos.
Condenada, absolvida, muitas caras
 de pensamentos.

Cada um sabe o seu momento, a sua estrada,
seu veículo e sua potência.
Retomo o caminho.
De novo, muitas ruas e esquinas.
Jane Lagares

MORTO PELA INVEJA

A INVEJA: ARMA DOS INCAPAZES


Há uma história que pode muito
 bem ser verídica que conta um acontecimento
 verificado na Grécia, com um grupo de amigos e companheiros de um certo atleta.

Esse grupo decidiu batalhar no
sentido de erigir, numa das extremidades
de determinado parque, uma estátua
 em homenagem a esse atleta que tanto admiravam.

Encetou-se uma grande campanha,
até que fossem alcançados os
recursos necessários à realização do projeto.

Em pouco mais de um mês,
naquela área escolhida no parque,
ergueu-se a tão propalada estátua,
 homenageando aquele conterrâneo
que se sagrara campeão nos jogos públicos,
repetidas vezes consecutivas.

Era, sem dúvida, uma homenagem justa.
Entretanto, um outro atleta, que havia
 sido derrotado muitas vezes pelo
homenageado nesses mesmos jogos,
 tornando-se, por isso mesmo,
um contumaz rival do campeão,
mostrava-se irritado, revoltado e cheio
de inveja por não ser ele o alvo
daquela tão privilegiada situação.

Havendo lutado muito para que o vencedor
 não recebesse aquele tipo de homenagem,
sem contudo conseguir dissolver
o intento do grupo, prometeu a si
mesmo que destruiria o monumento,
 custasse o que custasse...

Arquitetou um plano mesquinho,
 bem próprio de uma pessoa que não sabe perder,
 e noite após noite, servindo-se da escuridão,
penetrava no interior do parque sem
 ser notado e, munido das ferramentas
 apropriadas para a execução do seu plano,
 entrava em ação.

Ia lentamente cortando a base
da estátua que tanto mal fazia ao seu
 ego descontrolado e doentio.
Foram várias semanas de atividade
 destruidora, porque carecia de muita discrição
 e cuidado no desempenho do plano,
para não ser descoberto antes
da sua consumação.

Finalmente, estava concluído
 o seu intento e a imponente estátua
 do seu competidor rival veio ao chão.

Aconteceu, porém, que ao ruir,
caiu exatamente sobre o corpo do destruidor.
E foi assim que o invejoso morreu,
vitimado pelo seu próprio ato de vingança!
 A obra mesquinha, realizada com
suas mãos, o levou à morte...

Ninguém conseguirá jamais ter
 uma vida autêntica, se paralelamente
 abrigar dentro de si pensamento
contraditório, alimentado pela inveja.

O rei Salomão, em sua sabedoria,
 afirmou:"O coração com saúde é a vida da carne,
 mas a inveja é a podridão dos ossos"

(Desconheço a autoria)

TERRENO DE CORAÇÃO

UM CORAÇÃO É ASSIM

Para entrar no terreno
 de um coração

é preciso ter o mapa 
que nos mostre
as armadilhas,
os atalhos,
os abismos...

Ao pisar no terreno de
 um coração
é preciso ter muita calma
para não destruir as flores,
para não se perder nos amores,
nos amores por ele vividos,
nos amores por ele sonhados,
idealizados...

Pois um coração é assim:
às vezes é o labirinto
do qual não conseguimos sair,
às vezes é o portal fechado
que não nos deixa entrar!

Há que se ter muito cuidado
quando alguém nos abre 
a porta do seu coração.

Cuidado para saber entrar,
e, se necessário, saber sair...
Sem destruir, sem derrubar.

E plantar uma bandeira,
no maior monte, escrito assim:
- Estive aqui,fiz e fui feliz!!!