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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

DESNUDAMENTE

A GRAÇA QUE FLUI DE DENTRO

A caminhada espiritual nos abre para as principais reflexões, para a essência da vida. 
Podemos até obter ajuda externa, mas essa ajuda não substitui o trabalho individual de introspecção e silêncio. 
É preciso nos confrontar desnudamente com quem 
somos de verdade, sem máscaras,maquiagem ou teatro; colocar à mostra toda a nossa fragilidade,
 temores e incapacidades. Nesse exercício crescemos em sintonia com o Criador.
Nessa relação com Deus, desenvolvemos uma postura interior de reverência, respeito por sua santidade e vontade. Conectamo-nos com sua essência de tal forma que ela se reflete em toda a vida exterior por uma vivência
 coordenada pelo que vem de dentro. 
Significa conectar-se a ELE para saber quem somos, 
como devemos agir e interagir com o mundo à nossa volta. Conhecer-se é saber das fragilidades,
 limites e também dos valores pessoais. 
Isso nos ajuda a perceber que a humildade tempera 
a forma como interagimos com os outros, 
sabendo que somos todos humanos, imperfeitos e 
carecemos da graça de Deus. Quanto mais estivermos próximos de Deus mais nossas expressões de amor,
 graça e perdão serão verdadeiras. 
Deus nos ama e nos oferece vida plena e autêntica. 
Viver de aparência cansa e esgota a vida. 
Busquemos a essência do amor de Deus para que possa fluir naturalmente de nossa vida para a vida de quem convive conosco. Deus pode nos ajudar a sermos pessoas pelas quais sua graça possa fluir de dentro para fora. A nossa parte é entrar em sintonia com essa possibilidade.
Clarice Ebert
http://www.luzevida.com.br

SAUDADE E LEMBRANÇA

Podem parecer sinônimos. 
Idéia igual, mas diferente no sentir.
Lembrança é da Memória, 
Saudade é da Alma. 
Muitas lembranças, poucas saudades. 
Lembranças surgem com um cheiro, uma música, uma palavra... 

Saudade surge sozinha, emerge do fundo do peito onde é guardada com carinho. 
Lembrança pode ser boa, mas quando não é, pode-se afastá-la convocando outra lembrança ou convocando outro pensamento para o lugar, ligando a TV ou lendo o jornal. 


Saudade é sempre boa, mesmo quando dói, e não se apaga mesmo que outra pessoa tente ocupar o lugar vazio. Ela pode coexistir com um novo amor, sem machucá-lo. 
Lembrança é de algo real, de um lugar, de uma época, uma pessoa. 
Saudade pode ser do que não houve, de uma possibilidade, de lábios jamais tocados. 
Lembrança pode ser contada, medida, localizada, e com algum esforço, pode até ser calculada com uma fórmula matemática, ao gosto dos engenheiros. 
Saudade é dos poetas, é pautada em rimas e melodias; vontade de ver outra pessoa, segundo os poetas, teria outro nome, seria uma saudade com tempero, eu acho. 
Lembrança pode ser sem som, pode não doer. 
Saudade jamais é sem som.
Se ela não vier com música de fundo, a gente coloca, só para ficar mais bonita, mais gostosa de sentir, para preencher mais a alma vazia. 
Lembrança vence a morte, mas conforma-se com a ausência, respeita convenções. Lembrança aceita nosso comando, vai e volta quando queremos. 
Saudade é irreverente, independente e auto suficiente.
(Solange Gouvêa)