Seguidores

terça-feira, 4 de setembro de 2012

LUAR DA MINHA TERRA

LUAR DO SERTÃO
 
 
Não há, oh gente
oh não, Luar
Como esse do sertão.

Oh que saudade
Do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
folhas secas pelo chão

Este luar cá da cidade
Tão escuro
Não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão

Não há, oh gente...

Se a lua nasce
Por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata
Prateando a solidão

E a gente pega
Na viola que ponteia
E a canção
É a lua cheia
A nos nascer do coração

Não há, oh gente...

Coisa mais bela
Neste mundo não existe
Do que ouvir-se um galo triste
No sertão, se faz luar

Parece até que a alma da lua
É que descanta
Escondida na garganta
Desse galo a soluçar

Não há, oh gente...

Ah, quem me dera
Que eu morresse lá na serra
Abraçado à minha terra
E dormindo de uma vez

Ser enterrado
Numa grota pequenina
Onde à tarde a sururina
Chora a sua viuvez

Não há, oh gente...

CATULO DA PAIXÃO CEARENSE 
Poeta Maranhense
(Letra de música)

Um comentário:

Dilmar Gomes disse...

Querida amiga Marylu, essa música poética é a cara do Brasil caboclo.
Um abração.