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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A BORDO DE UM NOVO DIA

CONCENTRE-SE NO PRÓXIMO PASSO


Bom dia, dia! 
Você está a bordo de um novo dia.
 Diga: bom dia, dia! 
Bom dia, vida! 
Bom dia, sensibilidade! 
Bom dia, fé! 
Bom dia, coragem!
 Bom dia, talento! 
Bom dia, trabalho! 
Bom dia, alegria! 
Bom dia, felicidade! 
Bom dia pra você! 

Tem muita coisa boa para 
você aproveitar.
 Há sensações que vem de dentro
 e que precisam ser colocadas
 para fora. 

Há sensações que vem de fora
que precisam ser interiorizadas. 
Esteja aberto e pronto
para emitir sinais. 

E também para captar o que está no ar. 
Se o caminho que você planejou 
é muito longo, não se desespere
 com a distância que ainda falta para chegar. 

Concentre-se no próximo passo. 
Ou mesmo no primeiro passo. 
Hoje você pode começar algo novo
 que vai levá-lo muito longe. 

Inicie algo hoje nem que seja uma mudança. 
Se você resiste a mudanças tenha ao 
menos desculpas novas para dar
 pelo que você deixa de fazer.

 Tenha atitudes simples, mas honestas.
 O início de qualquer coisa nova para
 sua evolução, pessoal, espiritual 
ou profissional, começa aí dentro de 
você, silenciosamente, enquanto 
organiza seus pensamentos para
 mais um dia. 

Está no ar uma nova manhã...
 Um novo dia... Uma nova semana... 

(desconheço o Autor)

PRIMEIRO AMOR

NÃO HÁ AMOR COMO O PRIMEIRO
Não há amor como o primeiro. 
Mais tarde, quando se deixa de crescer, 
há o equivalente adulto ao primeiro amor — 
é o primeiro casamento; mas não é igual.

 O primeiro amor é uma chapada, um sacudir
 das raízes adormecidas dos cabelos, uma voragem
 que nos come as entranhas e não nos explica. 
Electrifica-nos a capacidade de poder amar.
 Ardem-nos as órbitas dos olhos, do impensável calor
 de podermos ser amados. Atiramo-nos ao nosso
 primeiro amor sem pensar onde vamos cair ou
 de onde saltamos. 

Saltamos e caímos. Enchemos o peito de ar, 
seguramos as narinas com os dedos a fazer de mola
 de roupa, juramos fazer três ou quatro mortais de 
costas, e estatelamo-nos na água ou no chão, como 
patos disparados de um obus, com penas a esvoaçar 
por toda a parte. 

Há amores melhores, mas são amores cansados, 
amores que já levaram na cabeça, amores que sabem 
dizer “Alto-e-pára-o-baile”, amores que já dão o
 desconto, amores que já têm medo de se magoarem,
 amores democráticos, que se discutem e debatem. 

E todos os amores dão maior prazer que o primeiro.
 O primeiro amor está para além das categorias 
normais da dor e do prazer. Não faz sentido sequer.
Não tem nada a ver com a vida. Pertence a um mundo
 que só tem duas cores — o preto-preto feito de todos
 os tons pretos do planeta e o branco-branco feito de
 todas as cores do arco-íris, todas a correr umas 
para as outras. 

Podem ficar com a ternura dos 40 e com a loucura 
dos 30 e com a frescura dos 20 — não há outro amor 
como o amor doentio, fechado-no-quarto, o amor do armário, com uma nesga de porta que dá para o 
Paraíso, o amor delirante de ter sempre a boca 
cheia de coração e não conseguir dizer coisa com
 coisa, nem falar, nem pedir para sair, nem sequer
 confessar: “Adeus Mariana — desta vez é que me 
vou mesmo suicidar.” 

Podem ficar (e que remédio têm) com o 
«savoir-faire» e os «fait-divers» e o “quero com vista
 pró mar se ainda houver”. Não há paz de alma,
 nem soalheira pachorra de cafunés com champagnhe 
 que valha a guerra do primeiro amor, a única em que toda a gente perde e toda a gente morre e ninguém fica para contar como foi. 

Não há regras para gerir o primeiro amor.
 Se fosse possível ser gerido, ser previsto, ser agendado,
 ser cuidado, não seria primeiro. A única regra é: 
«Não pensar, não resistir, não duvidar». Como acontece
 em todas as tragédias, o primeiro amor sofre-se principalmente por não continuar. Anos mais tarde, ainda
 se sonha retomá-lo, reconquistá-lo, acrescentar um
 último capítulo mais feliz ou mais arrumado.

 Mas não pode ser. O primeiro amor é o único milagre
 da nossa vida — «e não há milagres em segunda mão».
 É tão separado do resto como se fosse uma
 primeira vida. Depois do primeiro amor,
 morre-se. 
Quando se renasce há uma ressaca. 
Miguel Esteves Cardoso, 
in 'Os Meus Problemas'

DIAS DE PRAZER

OS DIAS BONS
Os dias bons são os dias em que se acorda,
 tendo dormido oito, nove ou, melhor ainda,
 dez horas e, refletindo naquela ronha
 de quem já não consegue dormir mais 
mas gosta de ficar na cama 
(porque a temperatura e a
 companhia são perfeitas), se lembra
 que não tem nada para fazer, 
senão tomar o pequeno-almoço, 
o almoço, o chá e o jantar. 

E, se quiser, entretanto, nalgum intervalo
 qualquer, trabalhar, tanto melhor. 
Mas não importa. 
Dias de domingos antigos: 
dias de prazer sem saber. 
Os dias bons nunca acontecem. 

Acontecem, quando muito, 
cinco ou dez mil vezes numa vida.
 Três míseros anos já têm mais de mil. 
Domingo, daqui a uma semana, 
terei a sorte nunca tida de 
estar casado e feliz com a 
Maria João há 12 anos.
 Doze anos cheios de dias bons, 
impossíveis de contar.
 
O amor, para quem é mais novo e não
 sabe como fazer, não é uma técnica
ou uma táctica. Não há segredo. 
Não há lições. Ou se ama ou não se ama.
 Ou se é também amado ou não se é.

 Esperar é o melhor conselho.
 Experimentar é o pior. 
O segredo não é ter paciência: 
é conseguir manter a impaciência num
 estado de excelsitude.
 É como o «nunca mais é domingo». 

Se não sentirmos, todos os dias, 
que nunca mais é domingo, 
quando chegar o domingo parecer-se-á 
com outro dia qualquer. 

Os dias bons não são os que ficam para
 lembrança. São aqueles que se esquecem,
 porque se repetem na mais estúpida
 felicidade mas que, todos juntos, 
servirão para um dia eu poder 
dizer «sim, eu já fui feliz». 
Miguel Esteves Cardoso

CONSEGUIR O QUE QUEREMOS

UM DIA EU VOU...
Você alguma vez se pegou dizendo: 
"Um dia" vou escrever um livro... 
ou viajar pelo mundo, compor uma sinfonia...”,
 ou qualquer outra coisa do gênero?
 Não foi só você que fez isso.

Quase todos nós fantasiamos sobre algo
 que gostaríamos de fazer um dia.
 Uns gostariam apenas de ter mais tempo
 para dedicar à família ou aos amigos;
 outros de trabalhar em algo diferente, 
ou desenvolver um hobby, um talento. 

Seja como for que você complete a frase
– “um dia eu vou...”- saiba que os sonhos
 e sentimentos a respeito do que gostaria
 de fazer são pistas importantes para 
a identificação do que realmente é mais
 importante para você.

E se é importante, comece desde já... 
Lembre-se, a cada manhã, quando o
 despertador toca, você tem uma nova 
oportunidade de fazer o que quer com as
 horas à sua frente. Diariamente você recebe
 uma lousa nova, sem nada escrito. 
Você pode ter 10, 20, 30, 50 anos de vida 
pela frente; e como você 
vai usar esse tempo?

O que você vai fazer com o resto da sua vida?
 Vai continuar a se enganar, achando
 que algum dia terá tempo para fazer 
alguma das coisas que realmente são 
importantes para você? Na verdade,
isso nunca acontecerá, a menos que 
você decida que esse tempo é hoje.

A verdadeira realização na vida
 acontece quando respondemos com 
honestidade às seguintes perguntas: 
- o que é mais importante para mim?, 
- o que eu gostaria verdadeiramente de realizar?, 
- que legado eu gostaria de deixar?

O desafio é descobrir o que queremos, 
o que gostaríamos de fazer e, então, 
começar a trabalhar diariamente
 para realizar nossos desejos. Não importa se
 temos, 20, 35, 50, 75 anos, ou mais.

 O que precisamos fazer é decidir 
quando vamos começar a trabalhar 
para conseguir o que queremos.
(Desconheço a autoria)

AMAR TAMBÉM É LUTAR

O AMOR É MAIS FORTE

Os amantes de hoje preferem a droga
 mais leve, o tabaco mais light ou 
o café descafeinado. 

Já ninguém quer ficar pedrado 
de amor ou sofrer de uma overdose de paixão. 
As emoções fortes são fracas 
e as próprias fraquezas 
revelam-se mais fortes. 

Os amantes, esses, são igualmente
 namorados da monotonia e amigos
 íntimos da disciplina. 
O que está fora de controlo causa-lhes
 confusão, e afeta-lhes
 uma certa zona do cérebro, 
mas quase nunca lhes toca o coração. 

O amor devia ser sonhado e devia
 fazê-los voar; em vez disso
 é planeado, e quanto muito, fá-los pensar.
 
Sobre o amor não se tem controlo.
 É um sentimento que nos domina,
 que nos sufoca e que nos mata.
 Depois dá-nos um pouco vida. 
No amor queremos viver, mas pouco nos
 importa morrer e estamos sempre 
dispostos a ir mais além. 

Deixamo-nos cair em tentação, 
e não nos livramos do mal, 
embora procuremos o bem. 
No amor também se tem fé,
mas não se conhecem orações:
 amamos porque cremos,
 porque desejamos e porque sabemos 
que o amor existe. 

Amamos sem saber se somos amados,
 e por isso podemos acabar desolados,
 isolados e deprimidos. 
Que se lixe! O amor não é justo, 
não é perfeito; no amor não se declaram
 sentenças nem se proferem comunicados.

 O amor prefere ser imprevisível,
 cheio de riscos e de fogo cruzado. 
No amor os braços não se cruzam, 
as palavras não se gastam e os
 gestos servem para o demonstrar. 

Amar também é lutar, e enfrentar
 monstros fabulosos com cabeça de leão, 
corpo de cabra e cauda de dragão. 
É uma ilusão, um sonho, um absurdo 
e uma fantasia. O amor não se entende, 
não se interpreta, não se discerne
 nem se traduz. 

Quem ama acredita, mas não sabe 
bem porquê, não sabe bem o quê, 
nem percebe bem como. 
Rogério Fernandes