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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

OLHA PRA MIM!

A VOZ DO MENINO
Ei! Psiu! Olha para mim.

Estou aqui ao teu lado, por todo lado.
 Mas não precisas olhar assim com esse olhar desconfiado, de quem vai dizer:
 "Não tenho trocado."

Nem precisa se preocupar...
 Não tenho canivete, não sou pivete.
 Sou menino.

Não quero tirar nada teu, 
ou melhor, quero sim. Gostaria que 
me desse um sorriso, não aquele amarelo,
 mas daquele sincero, sorriso de amigo.

Sou carente sim, reconheço.
 Carente de teu apreço. 
Por favor, olha pra mim. 
Quando eu estiver do teu lado,
 mesmo pedindo trocado, 
olha bem para mim.

Tu verás um menino, meio franzino,
 meio crescido, um tanto desiludido
 quanto ao seu próprio destino. 
Por favor, olha por mim!
(Autora: Ivone Maria de Lima Jaime)

SENTIR A VIDA PASSAR

CAUSA E EFEITO
Quantas vezes bloqueamos a espontaneidade
 das crianças, esquecendo-nos do quanto
 isso nos doeu na nossa infância...

Quantas vezes exigimos mais maturidade
 dos adolescentes sem lembrarmos o que
 passamos quando nos exigiram isso...

Quantas vezes nos queixamos dos colegas
 de trabalho e não nos perguntamos se
 eles também têm queixas sobre nós...

Quantas vezes nos irritamos nas ruas 
sem percebermos que nossa irritação
 também causa mal aos outros...

Quantas vezes queremos implantar
 paz na família expressando-nos aos berros...
Quantas vezes esperamos dos nossos parceiros
 o que não estamos dispostos a dar-lhes...

Quantas vezes esperamos dos nossos filhos
 o que não demos aos nossos pais...

Quantas vezes esperamos dos nossos pais
 o que não damos aos nossos filhos...
Quantas vezes perdemos a paciência com 
idosos esquecendo
que a velhice chega para todos...

Quantas vezes repelimos animais e nos
 comportamos como seres irracionais...
Quantas vezes pedimos aos amigos coisas que não gostaríamos que eles nos pedissem...

A maior parte da vida deixamos a 
Vida passar sem senti-la no coração...
(Autora: Silvia Schmidt.)

PLENITUDE DA VIDA

CULTIVE A ALEGRIA 
Cultive a alegria em dose máxima...
Alegria, porém, não é barulho:
É um estado de alma de 
quem sente em si a plenitude da vida.

A alegria provém de dentro
 de nós mesmos, da consciência 
tranqüíla, do cumprimento 
exato de nossos deveres,
 e vibra em nós, apesar de todos os sofrimentos, calúnias e injustiças...

Seja alegre sempre, e quando
 a tristeza quiser encobrir o sol 
de sua vida, entoe um cântico 
de louvor ao Pai, e a luz brilhará 
novamente em você...
(Transcrito do livro 
Minutos de Sabedoria, 
de Carlos Torres Pastorino)

ETAPAS DA VIDA

ENCERRANDO CICLOS 
Sempre é preciso saber quando uma etapa
chega ao final. Se insistirmos em
permanecer nela mais do que o tempo
 necessário, perdemos a alegria e o
sentido das outras etapas que
 precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas,
 terminando capítulos - não importa o
nome que damos, o que importa é deixar
 no passado os momentos da vida que
já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? 
Terminou uma relação?
 Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
 A amizade tão longamente cultivada
desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo
 se perguntando por que isso aconteceu. 

Pode dizer para si mesmo que 
não dará mais um passo enquanto não
 entender as razões que levaram certas coisas,
 que eram tão importantes e sólidas em sua
vida, serem subitamente transformadas em pó.

Mas tal atitude será um desgaste
 imenso para todos: seus pais, seu marido
ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, 
sua irmã, todos estarão encerrando
capítulos, virando a folha, seguindo adiante,
 e todos sofrerão ao ver que
você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo 
tempo no presente e no passado, nem mesmo
quando tentamos entender as coisas que 
acontecem conosco. 

O que passou não
voltará: não podemos ser eternamente 
meninos, adolescentes tardios, filhos que se
sentem culpados ou rancorosos com os pais,
 amantes que revivem noite e dia
uma ligação com quem já foi embora 
e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos 
é deixar que elas realmente possam
ir embora. 

Por isso é tão importante 
(por mais doloroso que seja!) destruir
recordações, mudar de casa, dar muitas 
coisas para orfanatos, vender ou doar
 os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma 
manifestação do mundo invisível, do que está
acontecendo em nosso coração - 
e o desfazer-se de certas lembranças
significa também abrir espaço para que 
outras tomem o seu lugar. 

Deixar ir embora. Soltar.
 Desprender-se. 
Ninguém está jogando nesta vida com cartas
marcadas, portanto às vezes ganhamos, 
e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, 
não espere que reconheçam seu esforço, que
descubram seu gênio, que entendam seu amor.

 Pare de ligar sua televisão
emocional e assistir sempre ao mesmo 
programa, que mostra como você sofreu
com determinada perda: isso o estará apenas
 envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos
 amorosos que não são aceitos,
promessas de emprego que não têm data
 marcada para começar, decisões que
sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, 
é preciso terminar o antigo: diga a si
mesmo que o que passou, jamais voltará.

 Lembre-se de que houve uma época em
que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa
 - nada é insubstituível, um
hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil,
 mas é muito importante.

Encerrando ciclos. 
Não por causa do orgulho, por incapacidade,
 ou por soberba, mas porque simplesmente
 aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa,
 sacuda a poeira. Deixe de ser
quem era, e se transforme em quem é.
(Paulo Coelho)