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domingo, 4 de novembro de 2012

E NA ESTRADA DA VIDA

CADA UM SABE A SUA ESTRADA

Caminho reto, traço projetos,
 faço mapas.

Demarco espaços, faço-me depressa,
 paro, canso.

O caminho é longo,
atravesso esquinas de mim,
 onde se cruzam vários eus,
preferenciais, secundários,locais, vias de vida.

Muitos sinais, alguns decodifico,
 outros não.
Não os leio. Não os interpreto.
Coloco-me ao risco de colisão, por vezes acontece,
outras sou salva pela razão,
 vejo antes do fato.

Sigo, admiro o redor, muitas caras de vida,
cachoeiras que choram
 a dor ou a alegria,
jardins floridos ou tristes,
 vulcões em erupção,
causam danos ou só a embelezam
 o momento.

Sol e chuva, bronzeando-me
 e molhando-me de vida.
Escalo íngremes montanhas,
 vejo lindos vales ou um nada.

Paro para dar preferência, bato na pressa,
na ansiedade.
Perícias, julgamentos.
Condenada, absolvida, muitas caras
 de pensamentos.

Cada um sabe o seu momento, a sua estrada,
seu veículo e sua potência.
Retomo o caminho.
De novo, muitas ruas e esquinas.
Jane Lagares

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