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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A ATENAS BRASILEIRA

A Atenas Brasileira

A independência dos Estados Unidos da América do Norte e suas conseqüências, em plena Revolução Industrial, obrigaram a indústria têxtil britânica a procurar novas fontes de fornecimento para as suas fábricas. As terras favoráveis ao cultivo do algodão do Maranhão tornam-se um alvo cobiçado pela qualidade de suas plantações e pelo baixo custo de produção. Graças aos cônsules ingleses em São Luís e à criação de companhias de navegação a vapor, como a "Southampton & Maranham Company" e a "Maranham Shipping Comp.", o algodão da Geórgia ou do Alabama foi rapidamente substituído com vantagem pelo de Caxias e pelo da Baixada Maranhense, embarcado em rolos diretamente para Londres ou para o Havre. 
Grandes fortunas aparecem, enquanto que estabelecimentos comerciais portugueses da Praia Grande se enchem de produtos da última moda (tecidos, móveis, cerâmica, sanitária, conservas etc.) e surgem vocações locais de empresários, como a de Mr. H.G. Fontes, que transformou seu nome em "Fonteyn", sendo ancestral da grande bailarina Margot Fonteyn! A economia do Maranhão se internacionaliza. São Luís torna-se a quarta cidade do Brasil após Rio, Salvador e Recife, em tamanho de população. Por algum tempo, foi tentada a se opor à independência do Brasil (1822), temendo perder suas vantagens.
São Luís foi também a primeira cidade do País a receber uma companhia italiana de ópera e uma das primeiras a ter ruas bem calçadas e iluminadas. Os navios traziam toda semana as últimas novidades da literatura francesa, e as famílias ricas mandavam seus filhos estudar na Europa.
Esta Idade de Ouro da economia do Maranhão teve um reflexo imediato na vida cultural da Província e no embelezamento da Capital. São Luís passa a ser conhecida como a "Atenas Brasileira" por causa do grande número de escritores nativos ou que aqui viveram, exercendo seu papel na criação dos movimentos literários renovadores e da sua forte tradição de ensino das Letras Clássicas. O Maranhão torna-se o lugar do Brasil onde se fala melhor a Língua Portuguesa e sempre está lançando autores renomados.
A arquitetura acompanhou estes progressos. Os primeiros palácios aparecem a partir da metade do século XVIII e, no começo do século XIX, surgem os sobrados e as "portas e janelas" que adaptam o estilo neoclássico às condições do clima da região equatorial. Aproximadamente em 1830, a inovação mais interessante foi a moda de revestir as fachadas com quadrados de cerâmica, isto é, com azulejos, até utilizá-los somente no interior das casas. Em poucos anos a cidade se cobriu com este manto de reflexos coloridos, que encantou os visitantes estrangeiros. São Luís tornou-se "la petite ville aux palais de porcelaine", como a chamava em 1847 um viajante francês.
O sucesso desse sistema foi imediato e os proprietários portugueses, por sua vez, passaram a usá-lo nas suas casas do Porto e de Lisboa. Pela primeira vez, uma invenção artística colonial influenciava a antiga metrópole...
http://www.portosma.com.br/index.php

SELO EM HOMENAGEM A ATENAS BRASILEIRA
SÃO LUIS MARANHÃO - 400 ANOS.

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