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sexta-feira, 27 de julho de 2012

COMO RESPONDEU?

À hora de cólera, você exclamou: 
"Vingar-me-ei!" 
E perdeu uma feliz oportunidade de exercitar o perdão.
Escarnecido pela ignorância, você retrucou: 
"Infeliz perseguidor!" 
E malbaratou o ensejo de iluminar em silêncio.
Esbofeteado pela agressividade da intolerância, 
você reagiu: 
"Nunca mais terás outra ocasião de ferir-me!"
E desperdiçou a lição do sofrimento.
Dominado pela preguiça, você justificou: 
"Amanhã farei a assistência programada."
E esqueceu que agora é a hora da ação edificante.
Acuado pela perseguição geral, você indagou: 
"Por que Deus me abandonou?"
E não enxergou a Divina Presença na linguagem 
do testemunho que lhe era solicitado.
Aturdido pela maledicência, você desabafou: 
"Ninguém presta!".
E feriu, sem motivo, muitas almas boas, 
generalizando a invigilância e a crueldade.
Esmagado pela pobreza, você inquiriu: 
"Onde o socorro celeste?"
E atestou o apego às coisas terrenas.
Ante a felicidade aparente dos levianos, você disse: 
"Só os maus vencem!"
E desrespeitou a fé cristã que você vive, 
inspirada na cruz de ignomínia onde Ele pereceu.
Ao impacto de acusações injustas, você baqueou: "Estou perdido!"
E não se recordou d'Aquele que é o nosso Caminho.
Entretanto, poderia dizer sempre: 
"Em ti confio, Senhor, e a Ti me entrego."
E Ele, que nunca abandona os que n'Ele confiam, 
saberia ajudá-lo incessantemente. 
(Divaldo Pereira Franco)

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