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terça-feira, 26 de junho de 2012

OLHAR E VER. ESCUTAR E OUVIR.

A DIFERENÇA ENTRE O OLHAR E VER É A MESMA QUE EXISTE ENTRE ESCUTAR E OUVIR

O processo de ver e ouvir, depois de olhar e escutar, faz com que seja efetivamente possível observar e interpretar nossa vida. Não há como crescermos e evoluirmos se somente olhamos e escutamos. Todo ser humano fanático, crente em excesso, só olha e escuta. Não consegue avaliar a expressiva diferença que existe entre Olhar e VER. Escutar e OUVIR. Só se vê com a Essência, ou Alma, se preferir. Só se olha com os olhos e para o supérfluo. Olha-se, uma marca, um carro, uma bolsa, uma gravata e até mesmo, no limite, uma paisagem. Vê-se comportamento humano, inteligência, evolução e sabedoria. Vê-se o caminho que nos serve. Olha-se o que nos é indicado. Vê-se, interpreta-se uma atitude, um gesto e assim consegue-se identificar, por exemplo, a diferença entre um necessitado e um pedinte profissional. A diferença entre olhar e ver é a mesma que existe entre escutar e ouvir. Escuta-se uma música, ouve-se uma canção, uma composição. Vê-se um comportamento, olha-se uma roupa, uma marca. Ao se olhar da nossa janela uma paisagem que contempla um poste, fios e pássaros, achamos até normal. Mas, pode-se ver muito mais do que isso…
Jarbas Agnelli, em seu “Birds on the Wires”, (Pássaros nos fios) mostra corretamente a diferença que existe entre olhar e VER. Lendo um jornal pela manhã, ele deparou-se com uma foto de pássaros pousados em fios e VIU uma partitura. Os pássaros ali pousados tornaram-se as suas notas musicais. Nasceu uma linda composição. Não sei se Jarbas sabe o que fez, nesta vida atual, mas em sua vida passada ele sabia, certamente. Tudo é uma questão de registro mental, que fica gravado. Nossa intuição sempre mostra isso. A expressiva maioria das pessoas, ao lerem o jornal, olha uma fotografia de postes, fios e pássaros. Ele viu uma pauta musical. A maioria das pessoas vive num processo automático. Não se preocupa em entender o que são e por que são. Simplesmente acorda, escova os dentes, come, trabalha e espera o momento acontecer. Em outras palavras: segue alguém. Acumular riqueza material é, na maioria dos casos, o alvo que se busca. A riqueza interior fica esquecida. Desta forma, adoecemos facilmente porque não sabemos cuidar de nós mesmos.
Não entendemos que somos o efeito de nossas ações e causas passadas. Vestir esta ou aquela grife é o que importa. Ter esta ou aquela marca e modelo de carro é que faz a diferença. E, motivados pelo bolso, pensamos que sabemos. Há um enorme caminho a ser percorrido entre o entender uma vida e saber -e aceitar- a enorme diferença que existe entre religião, espiritualidade e filosofia de vida. Para mim, este é o processo para se crescer. Como e quanto eu olhava e não via nesta vida atual! Como eu não conseguia entender a diferença correta que existe entre saber ver -e interpretar- e simplesmente olhar. Também não conseguia aceitar que apenas escutava, mas não ouvia. Faltavam-me padrões e valores pelos quais pudesse efetivamente entender o que sou. Ainda não cheguei onde pretendo, mas já consigo ouvir mais do que escutar. Ver mais do que simplesmente olhar. Confesso que o caminho é árduo, porque exige muita observação, concentração, estudo e prática. Mas, onde encontramos o início do novo processo de se entender, interpretar o que se olha e se escuta?
Primeiro na disciplina da ME+DITA+AÇÃO. Esqueça os ruídos à sua volta. Tranque o ar. Sinta o seu coração e sua respiração. NÃO PENSE EM NADA. Comande a sua mente. Não existe regra. Você cria a sua. Tem o Livre-Arbítrio para isso. O processo de meditar é vencer a si próprio… o seu maior inimigo… Portanto, a chave para se olhar e VER, escutar e OUVIR, é a meditação. Contudo, o equilíbrio que se busca é o “binóculo” para que nossas escutas e contemplações sejam efetivamente usadas em nosso benefício. Deixe de seguir, aprenda a ver e ouvir a seu favor.



(Saul Brandalise Jr. autor do livro: O Despertar da Consciência)

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