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segunda-feira, 9 de julho de 2012

SONHOS E ESTRELAS

ESTRELAS

Quando um sonho se torna realidade, 
a gente nem acredita. 
Não sabe se chora, se ri ou se grita. 
Se belisca. 
Abre e fecha os olhos.
Apalpa.
Talvez esteja dentro da nossa natureza 
não acreditar na realização
dos próprios sonhos.
Uma natureza pessimista.
A gente espera, certo, 
mas no fundo não acredita. 
Olhamos para eles como olhamos 
para o arco-íris e as estrelas: 
lindos, encantadores, 
maravilhosos e inatingíveis. 
Mas gostamos de olhar, 
mesmo cientes de que 
nunca poderemos tocá-los. 
O fato de existirem já é um encanto
e um milagre Divino.
Nos satisfazemos. 
E justamente por que não acreditamos,
não corremos atrás, não construímos, 
não tentamos.
Olhamos para o que outros conseguem 
e nos dizemos que eles têm muita sorte. 
Não nos incluímos nessa categoria. 
Mas se um dia resolvemos 
pegar as sete cores do arco-íris 
e trazer pra realidade das nossas vidas, 
veremos que nós também temos muita sorte, 
que nós também podemos. 
Se aproveitamos o brilho das estrelas 
para iluminar nosso caminho 
e não nos cegar, 
veremos que teremos 
uma caminhada mais nítida. 
Só vivemos de cinza por opção, 
pois a vida é colorida, é intensa. 
Vamos olhá-la com olhos nus. 
Tocá-la. 
Vivê-la.
Amá-la. 
Correr atrás do que desejamos 
e esticar os braços até alcançarmos. 
Subir escadas, transpor barreiras. 
Lutar pelo que nos realizará. 
Brigar, se for preciso.
Chorar, mas de pé. 
Talvez assim a gente não se surpreenda
tanto quando nossa mão atingir,
mesmo se timidamente,
uma das cores do arco-íris 
ou a ponta de uma estrela. 
Talvez outros se surpreendam. 
Mas nós não. 
Por que acreditamos. 
Por que bem nos nosso íntimo
sabíamos que o caminho poderia ser longo, 
mas que um dia chegaríamos lá.
(Letícia Thompson)

Um comentário:

julia rubiera disse...

Mil gracias querida y admirada poetisa por concedernos el privilegio de ser testigos de la suprema belleza de tus letras, muchos besinos y feliz inicio de semana te deseo con todo mi cariño.