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sexta-feira, 13 de julho de 2012

RENUNCIAR SONHOS

QUANDO RENUNCIAMOS NOSSOS SONHOS

Quando renunciamos aos
 nossos sonhos e encontramos 
a paz – disse ele depois 
de um tempo – temos um pequeno período de tranquilidade. 
Mas os sonhos mortos 
começam a apodrecer dentro 
de nós, e infestar todo o 
ambiente em que vivemos. 
Começamos a nos tornar 
cruéis com aqueles que nos 
cercam, e finalmente passamos 
a dirigir esta crueldade 
contra nós mesmos. 
Surgem as doenças e psicoses. 
O que queríamos evitar 
no combate – a decepção e 
a derrota – passa a ser o 
único legado de nossa covardia. 
E, um belo dia, os sonhos 
mortos e apodrecidos tornam 
o ar difícil de respirar e passamos
 a desejar a morte, a morte 
que nos livrasse de nossas 
certezas, de nossas ocupações,
 e daquela terrível paz das 
tardes de domingo.

(Paulo Coelho)

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