NÓS MULHERES
Dizem que, a uma certa idade,
nós as mulheres nos fazemos invisíveis.
Que nossa atuação na cena da
vida diminui e que nos
tornamos inexistentes para
um mundo onde só cabe o
impulso dos anos jovens.
Eu não sei se me tornei invisível
para o mundo, mas pode ser.
Porém nunca fui tão consciente
da minha existência como agora,
nunca me senti tão protagonista
da minha vida, e nunca desfrutei tanto cada momento da minha existência.
Descobri que não sou uma
princesa de contos de fada;
descobri o ser humano sensível
que sou e também muito forte.
Com suas misérias e suas grandezas.
Descobri que posso me permitir
o luxo de não ser perfeita,
de estar cheia de defeitos,
de ter fraquezas, de me enganar,
de fazer coisas indevidas
e de não corresponder às
expectativas dos outros.
E a pesar disso…
Gostar de mim
Quando me olho no espelho
e procuro quem fui…
sorrio àquela que sou…
Me alegro do caminho andado,
assumo minhas contradições.
Sinto que devo saudar a jovem
que fui com carinho, mas
deixá-la de lado porque
agora me atrapalha.
Seu mundo de ilusões
e fantasias, já não me interessa.
É bom viver sem ter tantas
obrigações. Que bom não sentir
um desassossego permanente
causado por correr atrás
de tantos sonhos.
“A vida é tão curta e
a tarefa de vivê-la é tão difícil
que quando começamos
a aprendê-la, já é hora de partir "
(Desconheço o Autor)
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