OBRA PRIMA
Nada se pode fazer
Quando o que canta alto no coração
É o amor
As palavras são lendas
Tudo é poesia e música
Festim diabólico
O místico tempo
Dilema da carne
A distante razão de viver
Na ausência do caos
Pernoita na alma
A lama de deus
As mãos não se esquecem
Os lábios sangram desejos
O corpo transpira suores
Ânsia dos meus centímetros
A flor perfeita
Obra prima da natureza.
(Carlos Assis)
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