Há dois tipos de idealistas no mundo.
O primeiro grupo é composto de pessoas que
querem ver um mundo melhor, acabar com as desigualdades, injustiças sociais e assim por diante. Gastam tempo como voluntários, doam dinheiro para entidades beneficentes e se engajam em campanhas das mais diversas.
O segundo grupo de idealistas é aquele
composto de pessoas que querem fazer a mesma coisa,
mas que nunca pagam a conta.
São os chamados "idealistas-com-o-dinheiro-dos-outros".
Com o nosso dinheiro, para ser mais preciso.
Você não participa das decisões, eles raramente prestam contas de para onde vai todo o dinheiro e os resultados estão aí, nossos problemas sociais se agravando.
É ilimitado o idealismo que se pode ter com
o dinheiro dos outros.
Há quem diga que a sociedade brasileira nunca fez filantropia com seu próprio dinheiro.
Não somos uma nação cidadã. Por isso,
o Estado tem de ocupar esse espaço vazio.
Um argumento forte e infelizmente apropriado.
Lentamente, faríamos filantropia com nosso dinheiro, criaríamos uma sociedade civil solidária e sem burocracia no meio. Assim, resolveríamos os problemas sociais com maior rapidez, com menor custo, e os contribuintes seriam os próprios fiscalizadores das entidades.
As cartas de agradecimento iriam para quem
as merecesse e não para políticos e burocratas que
repassam o nosso dinheiro. Então, geraríamos o círculo virtuoso da filantropia.
Pequenos donativos no início e curtas cartas de agradecimento. Maiores donativos com o decorrer
do tempo e com placas de reconhecimento em salas de aula e hospitais, por exemplo.
Finalmente, teríamos enormes donativos, de heranças e fundações, com edifícios inteiros batizados com o nome do doador, como a maioria das faculdades e hospitais americanos.
É só começar.
Stephen Kanitz
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